Em assembleia, servidores da Emdagro aderem à paralisação da CTB por três dias em julho e a greve geral no dia 30 de junho


Durante assembleia promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores da Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Sergipe (Sinter-Se), a categoria aprovou a deliberação de paralisar as atividades da Emdagro em todo Estado, nos dias 3, 4 e 5 de julho. Os trabalhadores querem apenas o que é de direito deles, ou seja, que a gestão estadual pague o salário dentro do mês trabalhado, sem parcelamento e que se tenha uma recomposição salarial, pois a categoria está há quatro anos sem reajuste salarial, “acumulando uma perda superior a 30% no poder de compra dos vencimentos pagos pelo Estado”, ressaltou o presidente do Sinter-Se, Paulo Alves. Essa paralização será realizada por diversas categorias entre elas, Sindifisco, Sintrase e Sindiconam e a programação será discutida em reunião na CTB.

 

Na ocasião, os diretores do Sinter, também apresentaram aos trabalhadores presentes, a planilha orçamentária deste ano de 2017, as prestações de contas de 2016. Já em relação aos informes sobre a Vantagem Pessoal Incorporada (VPI), a mesa diretora informou que segundo o secretário de planejamento, Rosman Pereira, a SEPLAG está aguardando apenas o parecer da Procuradoria Geral do Estado (PGE) para homologar imediatamente no Ministério do Trabalho. O pagamento dessas perdas decorrentes do desmembramento da função gratificada deverá ser feito junto a folha de julho e será retroativo desde o mês de março, por determinação do governador. “Caso o dinheiro não esteja na conta dos funcionários, iremos solicitar à nossa assessoria jurídica que entre com as medidas cabíveis”, disse Paulo Alves.

 

Luta pela recomposição salarial

 

Os representantes sindicais das categorias já mencionadas neste texto, estão desde o início do ano estudando formas de dialogar com a gestão estadual. No dia 18 de maio foi lançado a campanha salarial dos servidores estaduais. Após esta data, foram realizadas diversas reuniões e encontros com os parlamentares e gestores na tentativa de se conseguir uma negociação com o governo do Estado sobre a recomposição salarial. Porém, em nenhum momento o governo sinalizou com alguma contraproposta. A única resposta que eles repassam é que a gestão não possui condições financeiras para atender ao pleito das categorias.

 

Enquanto isso, os sindicatos de servidores públicos estaduais analisaram a situação financeira do Estado e chegaram à conclusão de que há disponibilidade de recursos e nada justifica o atraso e o parcelamento dos salários do funcionalismo. De acordo com dados divulgados pelo Sindifisco, de janeiro a abril deste ano, o governo gastou R$ 1,556 bilhões com o pagamento de salários de servidores de todos os poderes e teve uma Receita Corrente Líquida (RCL) de R$ 2,384 bilhões. Ou seja, o saldo do Estado no primeiro quadrimestre é de R$ 828 milhões. Isso é uma prova de que a justificativa que o governo informa em “não possuir condições financeiras para atender o pleito das categorias”, é contraditória!!

 

Para o presidente do Sinter-SE, “os números confirmam que em uma sociedade dividida por classes sociais, os trabalhadores são os menos favorecidos”, reforçou Paulo Alves.

 

Greve Geral

 

Os trabalhadores aproveitaram a ocasião da assembleia e deflagraram que vão aderir à Greve Geral que será realizada no dia 30 de junho. A Paralisação acontecerá em todo o Brasil com a realização de atos contra as reformas trabalhista e previdenciária.