CARTA ABERTA À SOCIEDADE SERGIPANA

Cinco anos sem recomposição das perdas salariais; parcelamento e atraso no recebimento dos vencimentos; péssimas condições de trabalho. Este é o triste cenário vivenciado pelos funcionários da EMDAGRO. Em 2012, o governo estadual concedeu aos servidores públicos um reajuste de apenas 5,02%. Em 2013 nenhum reajuste, no ano de 2014 o percentual foi de 6,39% e nos anos subsequentes, 2015, 2016 e agora em 2017, novamente não tivemos qualquer tipo de reajuste. Ao contrário, tivemos cortes de salários que atingiram a casa dos 40%. Cortes indevidos e que vêm sendo corrigidos lentamente pelo governo, sob forte pressão do nosso sindicato, o SINTER-SE. A nossa perda acumulada no período de 2012 a 2017 é superior a 31%, levando todos nós a passar por dificuldades financeiras, que se refletem também, na qualidade dos serviços prestados à sociedade.

 

Para unificar um movimento em busca de um melhor tratamento do governo do estado para com os trabalhadores, vários sindicatos dos funcionários públicos que passam pela mesma situação salarial, coordenados pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), formaram uma comissão e desde o início do ano vêm estudando formas de diálogo com o gestor estadual e somando esforços no sentido de sensibilizá-lo para o atendimento do pleito.

 

Infelizmente, o governo além de agir com total desrespeito aos servidores públicos, insiste em contrariar os dados apresentados pelo SINDIFISCO, que mostra que de janeiro a abril deste ano o governo gastou 1,556 bilhões de reais com o pagamento de salários dos servidores de todos os poderes e no mesmo período teve uma receita corrente líquida de R$ 2,384 bilhões. Ou seja, o saldo do governo no primeiro quadrimestre foi de 828 milhões de reais. Mesmo assim, o governo insiste em dizer que não tem condições de atender ao pleito da categoria. Não houve sequer uma contraproposta ao pedido apresentado por vários sindicatos dos servidores públicos estaduais (SINTER-SE, SINTRASE, SINDIFISCO, SIMPOL, SINDICONAM, SEESE e SINTASA) no dia 18 de maio, quando foi lançada a campanha salarial unificada.

 

Diante do quadro apresentado, a comissão composta pelos representantes dos sindicatos, sob a coordenação da CTB, deliberou pela PARALISAÇÃO DAS ATIVIDADES nos dias 3, 4 e 5 de julho. Esta deliberação foi referendada pelo SINTER-SE, em assembleia geral realizada nó último dia 22. Sabemos que essa decisão traz desgastes para todos e principalmente para as famílias rurais, beneficiárias dos nossos serviços. Porém, nós trabalhadores da EMDAGRO, assim como os demais funcionários públicos, desejamos nossos direitos: que o governo pague o salário dentro do prazo legal, sem parcelamento e que tenhamos uma recomposição salarial nos limites estabelecidos por lei.

 

A MELHORIA DOS SERVIÇOS PRESTADOS À POPULAÇÃO É REFLEXO DO RESPEITO E DA VALORIZAÇÃO DO SERVIDOR.


Sindicado dos Trabalhadores da Assistência Técnica e

Extensão Rural do Estado de Sergipe - SINTER-SE