Mesmo com o Ministério Público pedindo a suspenção da votação, foi votado e aprovado no dia 31 de aosto, o projeto de Lei Complementar (PL) nº 10/2017, de autoria do Poder Executivo, que extinguiu o Fundo Previdenciário do Estado de Sergipe (Funprev). Após muitas discussões durante o expediente, o presidente da casa Luciano Bispo (PMDB) desrespeitou o regimento da Assembleia Legislativa (Alese) e não aceitou o pedido do deputado Georgeo Passos (PTC) que era o de antecipar a votação do requerimento 747, feito por ele, como também, do requerimento de caráter emergencial da deputada Ana Lúcia (PT).
Com a aprovação do regime de urgência proposto pelo deputado Francisco Gualberto (PT) para a tramitação do projeto, os deputados seguiram para as Comissões Temáticas. A oposição decidiu concentrar os questionamentos para a votação em plenário e o projeto foi aprovado por maioria nas Comissões de Constituição e Justiça, Administração e Serviço Público e Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e Tributação.
Nove dos 24 parlamentares pensaram no futuro dos trabalhadores e na primeira instância, votaram contrários ao projeto, entre eles estão: Moritos Matos (PROS), Luciano Pimentel (PSB), Antônio dos Santos (PSC), Maria Mendonça (PP), Georgeo Passos (PTC), Paulinho Filho (sem partido), Vanderbal Marinho (PTC), Gilmar Carvalho (sem partido) e Ana Lúcia (PT).
O Funprev, regime previdenciário criado em 2008 para os servidores públicos estaduais será unificado ao Finanprev. Georgeo Passos (PTC), líder da oposição na Alese, lamentou a aprovação. “Estamos sepultando o sistema de previdência dos funcionários do Estado de Sergipe. Os servidores vinculados ao até então Funprev ficarão agora em um fundo que não tem sustentabilidade”, afirmou o parlamentar.
A resistência do movimento sindical nas últimas duas semanas na Alese não conseguiu deter o Governo de Jackson Barreto, mas os sindicatos conseguiram garantir, através de uma emenda da deputada Ana Lúcia, que 50% dos royalties da exploração de petróleo e gás sejam destinados ao financiamento da previdência.
Além disso, os dirigentes sindicais arrancaram uma promessa do presidente, Luciano Bispo, de abertura de uma negociação com o Governo para dar continuidade às discussões sobre o futuro da previdência e apresentação de propostas do movimento sindical.
Ontem, dia 26, a direção do Sinter-SE se juntou aos demais dirigentes sindicais do Sintasa, Sindifisco, Seese e Sintrase em frente à sede da Emdagro, durante um café da manhã, com o intuito de mobilizar os trabalhadores para participarem da Assembleia Geral Unificada que será realizada no dia 1º de agosto, às 08h00, na sede do Sindicato dos Bancários, localizada na Av. Gonçalo Prado Rollemberg. Na ocasião, será deliberado uma greve geral, caso o governo estadual não avance com as negociações das categorias.
Durante toda esta semana, haverá mobilizações. Hoje, dia 27, o ato unificado aconteceu em frente à sede da Secretaria de Estado da Fazenda, órgão responsável por toda arrecadação e estudos de impacto financeiro do Estado de Sergipe. Os auditores fiscais representados pelo Sindifisco, apresentou dados disponível no portal da transparência, que nesses primeiros quatro meses, após pagar todas as despesas do Estado, o saldo de abril foi positivo com uma arrecadação de 400 milhões a mais que o mesmo período do ano passado. E até este momento, a gestão estadual não apresentou nenhuma justificativa plausível, nem um plano de contingência que justificasse o prazo em que poderia estar contemplando o pleito dos servidores.
Amanhã, dia 28, será em frente ao Hospital de Urgência e Emergência de Sergipe (HUSE), a partir das 07h00 da manhã. Os dirigentes sindicais estão buscando desde o início do ano uma forma de dialogar com o Governo para ter um reajuste salarial, bem como, receber o salário dentro do mês trabalhado sem atrasos e parcelamentos como vem acontecendo com os aposentados e pensionistas.
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